terça-feira, 29 de junho de 2010

Cidade na manhã

Logo de manhã, arranha-céus formam sombras nas ruas frias do centro da cidade. Enquanto os carros apressados correm na sua compreensível alienação de ganha pão, uma menina com cabelos curtos e bem pretos se esquenta em uma das faixas de luz que as frestas entre os prédios deixam na avenida. Ela ficara lá, encostada na parede só observando as pessoas que ali passavam. Ah, as pessoas... elas são as únicas que estragam um universo de belezas e cores que só as mesmas podem apreciar. Mas, sem elas, não seria tão interessante! Imagine um mundo sem música, sem dança, sem riso, sem graça... Até os soldados no campo de batalha, por mais sujos de lama e manchados de sangue, sempre serão lembrados pela bravura que um homem pode ter para proteger quem ama ou para defender seus ideais. Essas coisas bonitas, mesmo que algumas tristes, contribuem para esta complexidade que o mundo tem.
A garota ao olhar para o seu relógio de bolso, decide tomar seu rumo novamente, cantarolando algumas canções antigas ainda com a esperança de que em sua geração, ainda exista pessoas como aquelas, que lutaram tanto, que causaram tanto e que fizeram tanta história. Enquanto nada acontece, ela continuara a vagar pela cidade na manhã do povo-que-nada-se-importa.