quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quatzo Rosa

Ela é a pedra do taurino se não me engano.
Não preciso creer fielmente o exoterismo para falar que lembro do meu breve tempo de wicca, em que a guardava no bolso todos os dias pensando se isso iria me trazer algum romance. Parece infantil, mas eu apenas tinha 11 anos, então de fato, eu era infantil. O que é engraçado é que, naturalmente, no ano seguinte alguns meninos – os quais por nenhum eu correspondia – começaram a querer se aproximar de mim.
De qualquer modo, se for pensar no real significado da pequena pedra rosa-claro, acho que ela significa mais minha personalidade do que algum desejo bobo que se realizaria magicamente num futuro próximo. A verdade, tenho de admitir, é que eu me apaixono facilmente. Ou isso, ou as pessoas certas apareceram uma seguida da outra – o que acho menos provavel, afinal, nem todas foram realmente “certas” para mim – . Todos os casos muito diferentes. Um foi mais intenso, outro conturbado, curto ou até longo demais.
Na verdade, eu geralmente não gosto de falar sobre o amor de amantes. É tão clichê quanto o mocinho ficar com a mocinha no final do filme. Gosto tanto quando encontro textos sobre amor de pais e filhos, de irmãos, de amigos, pois são discretos e sutis. Já o amor entre enamorados é sempre tão prepotente, mesmo não sendo melhor que nenhum dos outros amores. No entanto, é por este que ficamos noites sem dormir, temos os sonhos invadidos e fazemos coisas que não tem e nem precisam ter um sentido racional. No final das contas, todos nós gostamos de ser românticos, mesmo achando tudo isso uma grande bobagem.